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Maceió: 5 atrativos para aproveitar na capital alagoana

  • Foto do escritor: Anderson Vasconcelos
    Anderson Vasconcelos
  • 22 de set. de 2022
  • 6 min de leitura

O passeio às piscinas naturais de Pajuçara, a 2 km da orla, não pode ficar de fora do roteiro

Jangadas levam às piscinas naturais de Pajuçara
A travessia é feita em jangadas e leva cerca de 15 minutos até uma das principais atrações da cidade.

Com uma mala cheia de itens para enfrentar uma “maratona” de praia, sol e mar, incluímos na bagagem também muita disposição para encarar um super roteiro de quase 800 km pelo litoral nordestino, entre idas e vindas a partir de Recife, a nossa base afetiva. De lá partimos rumo ao sul, voltamos e seguimos mais a norte, em 20 dias de viagem, de reencontros e de muitaaaa diversão. Uma parte desse agito eu conto aqui! Chegamos à capital pernambucana no início da manhã de uma segunda-feira, após quatro horas num voo direto entre Manaus e Recife.


De lá, partimos para o Terminal Rodoviário da cidade, também conhecido como TIP (Terminal Integrado de Passageiros). O nosso destino inicial de férias estava a 260 Km dali: Maceió, cantada pelo seu filho ilustre Djavan e apreciada por milhares de turistas todos os anos. Uma porção expressiva de visitantes chega à capital alagoana através da estrada, principalmente pela BR 101, rodovia que conecta várias cidades do litoral nordestino. A viagem, em um ônibus confortável da Viação Real Alagoas (R$ 83 a R$ 115/pessoa), durou 4h. Check-in na pousada feito, um bom banho e estávamos prontos para curtir a cidade.

Após longas horas de viagem em um único dia, não precisávamos mais de tanto esforço. Escolhemos um restaurante em Jatiúca, na mesma rua da nossa pousada. Além de servir pratos saborosos, o Parmegianno – ideal para quem tem filhos – conta um espaço kids bem estruturado, com opções para entreter os pequenos enquanto os pedidos são preparados. (Ninguém precisa perguntar se Moisés curtiu, né? Para os pequenos é o melhor dos mundos!). Celebramos uma jornada que estava apenas começando com um filé à poivre (R$ 115/duas pessoas) e algumas rodadas de chopp (eu realmente não lembro quantas foram...risos).


Com um litoral de aproximadamente 40 Km de extensão, Maceió tem seu ponto forte na orla principal, um trecho de quase 6 Km (um dos mais bonitos e bem estruturados que eu já conheci!), de Pajuçara à Jatiúca, passando por Ponta Verde, três dos bairros mais turísticos da capital e onde está concentrada grande parte da rede hoteleira e dos serviços turísticos. É nessa orla onde tudo acontece, bem diante de olhos, de dia, quando o mar e sua infinidade de tons fascinam, e à noite, onde paira a muvuca nos bares, restaurantes e no calçadão, que aproveitamos em repetidas doses diárias.


Depois de alguns dias pelas praias mais badaladas do litoral sul de Alagoas, em uma "surra de sol, praia e mar" (eu já contei aqui pra vocês!), decidimos explorar outras delícias na capital. No giro pela orla, por exemplo, não deixe de conhecer a Feira e o Pavilhão de Artesanato Pajuçara, praticamente separados por uma faixa de pedestre. Nesses centrinhos é fácil encontrar lembranças, peças de vestuário, itens de decoração e comidas típicas da região. À noite esses dois endereços são pontos de encontro certo dos turistas que circulam pela principal via dessa zona da cidade.


Prato feito com 5 tipos de queijo, o chiclete de camarão é saboroso

Ali pertinho, três quarteirões adiante, fizemos um pit stop no Imperador dos Camarões, restaurante que serve o famoso “chiclete de camarão” (R$ 172,90/duas pessoas), prato mais famoso da casa, cujo molho é preparado com 5 tipos de queijo. Não sou lá muito fã de queijo, mas me permiti provar (e aprovar!). Maik, que é fã de carteirinha, saiu de lá lambendo os dedos. Ao longo do calçadão há muitas opções que encantam o paladar. Mas se é aos olhos que você quer agradar continue andando: não falta entretenimento no entorno.


No trajeto, cuidado para não esbarrar em um ciclista ou praticante de corrida. É que muita gente pratica atividades físicas na orla, um espaço que traduz bem o termo “qualidade de vida”. Bem sinalizada e com espaços para todas as tribos, até eu decidi correr, pra compensar as calorias extras desse período sabático. Fiz quase o calçadão correndo e não vou mentir pra vocês: deu uma canseira danada. E, na manhã seguinte, precisávamos estar de pé cedo, para uma das mais aguardadas atrações da capital, um pouquinho distante da orla.

O programa mais tradicional – e paradisíaco –, no entanto, está a dois quilômetros da cidade, no mar: as piscinas naturais de Pajuçara, atrativo imperdível para quem visita a capital. O ponto de embarque fica próximo ao Memorial Teotônio Vilela e o valor (R$ 50) pode ser pago diretamente ao jangadeiro de sua preferência (indicamos o Sr. Zezinho - o contato está no fim do texto). Esse clássico é indicado para pessoas de todas as idades – as crianças costumam adorar. E não custa lembrar: use o colete de segurança durante a travessia.


As primeiras jangadas saem logo no início da manhã, isso se a maré estiver baixa (é sempre bom acompanhar a Tábua de Marés!), e depois de 15 minutos chegam a um banco de areia, rodeado de recifes de corais, onde é possível mergulhar em águas cristalinas, conferir peixes coloridos e contemplar Maceió de outro ângulo. De lá, a orla urbana da capital alagoana é como uma janela que se abre para ser explorada.


E não faltam opções de programa, para além das praias. Se é história que você procura siga para a zona sul da cidade, até o Pontal da Barra, também conhecido como “Bairro da Rendeiras”, histórico e tombado, com suas ruas estreitas e cheias de renda, bordado e artesanato, em uma infinidade de opções para lembrar esse “pedaço” da capital. Comprei umas peças para presentear alguns amigos e um jogo americano que cai bem nos jantares mais especiais em casa.



Passeio das 9 ilhas

O bairro é banhado pelas águas do mar de um lado e pela Lagoa do Mundaú do outro, de onde sai um dos programas que eu mais curti nessa viagem: o Passeio das 9 ilhas (R$ 80/pessoa, com almoço incluso), com a Marazul Turismo. Pouco depois da refeição, um catamarã deixa o Pontal da Barra e navega entrecortando as ilhas pelo caminho, com parada para banho em algumas delas.


A embarcação vai sem pressa, exibindo o verde da vegetação, os elementos da pesca caiçara (com a utilização de galhos do mangue) e as construções que abrigam os moradores, enquanto a brisa toca o rosto. Mas um dos momentos mais marcantes fica mesmo pro final, com um pôr do sol arrebatador. Enquanto se alinha no horizonte, por trás do verde que cerca a lagoa, seus raios “tocam” as águas e deixam Mundaú alaranjada. Mágico!


Pássaro sobrevoa a Lagoa de Mundaú enquanto o sol se põe.
O pôr do sol na Lagoa do Mundaú é de encher os olhos.

Na volta pra pousada um “fato” nos deixou com muita dor (calma!) abdominal: tive uma crise de riso e por pouco não fui convidado a me retirar do transfer que levava os clientes para as hospedagens. Minha prima Gisele, companheira de boas e divertidas viagens, fez um movimento brusco (sempre ela... risos!) no encosto do assento da frente da van, sem perceber que tinha alguém, e empurrou com tanta força, para permitir a saída de um senhor, que a mulher sentada nela levou a cara aos joelhos em poucos segundos. A acompanhante dela soltou um palavrão inapropriado pra esse texto, no entanto suficientemente alto para nos matar de rir. Não segurei. Rir em viagens é sempre um bom presságio.


ANOTE AÍ!

Quando ir: Em Maceió faz calor o ano inteiro, com a temperatura máxima sempre próxima de 30 graus, principalmente de novembro a março. É nesse período (e no mês de julho) também que a taxa de ocupação da rede hoteleira é maior e o preços sobem. O período chuvoso, com maior precipitação, vai de abril a julho. Se quiser fugir das chuvas e dos custos mais elevados, de setembro a novembro pode ser um bom período.

Como chegar:

- Aéreo (ida e volta) saindo de: Manaus (R$ 1.463/GOL), Recife (R$ 446/Azul) e São Paulo (R$ 1.360/TAM).

- Ônibus (só ida) saindo de: Recife (R$ 83 a 115/Real Alagoas), Salvador (R$ 122/Viação Cetro) e São Paulo (R$ 522/Catedral)


Se preferir, há muitas agências e empresas de receptivo que oferecem pacotes/traslados, em bate-volta ou mesmo com hospedagem para curtos períodos. No nosso caso, como o interesse era fazer pausas mais prolongadas, um bate-volta estava fora de cogitação.

Onde ficar:

- Pousada Pura Vida (Jatiúca): R$ 138/diária (duplo com café da manhã)

- Hotel Porto Maceió (Ponta Verde): R$ 211/diária (duplo com café da manhã)

- Hotel Brisa Praia (Pajuçara): R$ 534/diária (duplo com café da manhã)


Passeios das 9 ilhas: Marazul Turismo – (82) 98806-4293 / 99953-0810 / 3304-3213


* Imagens: Anderson Vasconcelos e Maik Rodrigues.


1 comentário


Convidado:
22 de set. de 2022

Melhor viagem da vida!!!!! Parabéns vc arrasa como sempre. São tantos detalhes no teu texto maravilhoso, que me fizerem voltar no tempo. Logo, logo estarei nesse paraíso novamente. ❤️😍🥰🙏

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